Ter o sobrenome “Leitoa” para o timonense é sinônimo de lealdade e caráter. Não é o caso do deputado estadual Rafael (PDT-MA), o “ex-Leitoa”, está sendo visto na Assembleia Legislativa como um grande traidor da sua família e do grupo que, por duas vezes lhe deu o mandato de deputado estadual. Somente na cidade de Timon, na última eleição, Rafael teve 27 mil votos, sendo apoiado pelo ex-prefeito Luciano Leitoa.
Agora o deputado trai o seu partido para tentar agradar o vice-governador, a quem apela para lhe dar condições de ter um novo mandato, já que perdeu o apoio do grupo de Timon.
Vice-presidente da Assembleia Legislativa e um dos principais nomes do PDT na Casa, o deputado Glalbert Cutrim ameaçou expular o “ex-Leitoa” do partido. O PDT, partido de ambos, integra o Bloco Parlamentar Democrático, mas Leitoa decidiu, na sessão desta quinta-feira (17), acompanhar o Bloco União Democrática e entrar em obstrução, tudo isso para agradar aquele que ele cobrará condições para ter outros apoios, em outras cidades .
A decisão do colegiado – ligado ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB) – tem como objetivo forçar a Mesa Diretora a apreciar um requerimento solicitando a anulação da eleição para a presidência da CCJ, que ficou com Márcio Honaiser (PDT) e de todos os atos referentes à formação de blocos no Legislativo.
E adivinhem quem entrou com o requerimento? O próprio deputado Rafael, que não quer ver o deputado Márcio Honaiser, do seu partido, ocupar a presidência da comissão de Constituição e Justiça.
Em obstrução, os membros da bancada impedem a apreciação de itens da pauta da Ordem do Dia. Ao comentar a decisão do colega, Cutrim disse que o ato dele pode configurar infidelidade partidária e culminar com sua expulsão e consequente perda de mandato.